segunda-feira, 17 de setembro de 2007

De Volta à Disputa

Após três rodadas, o Rio de Janeiro Sharks volta para a zona de classificação para fase eliminatória do Carioca Bowl VIII com a maior goleada na história dos Campeonatos Cariocas de Futebol Americano de Praia.

Apesar da tarde com muito vento e atraso devido à burocracia do jogo, os jogadores do Sharks se apresentaram com entusiasmo e disposição para a partida. Vindo de duas derrotas e uma vitória desde que o Carioca Bowl foi retomado, o time precisava de uma vitória convincente para lavar a alma e deixar a lanterna do grupo com a maior força do grupo*, o Grupo B.

Como o vento era um fator importante para o jogo, o Sharks escolheu começar chutando a favor do vento, ou seja, a primeira posse de bola seria do adversário. A defesa, com algumas mudanças e uma identidade mais agressiva, fechou a porta para o ataque do Pitbulls deixando o ataque do Sharks bem posicionado teve sua primeira posse de bola.

O ataque, como leitores mais atentos perceberam, entrou em campo e mostrou serviço. Em menos de 4 jogadas alcançou seu primeiro touchdown com passe do quarter-back Fábio Lau #14 para o tight-end Fred #84. Ponto extra convertido por Maury #44.

O ataque do Pitbulls demonstrou reação e quase surpreendeu a defesa do Sharks ao realizar um fake no punt, jogada frustrada pelo então safety Quaresma #39 a poucas jardas da primeira descida.

Sem desmerecer o esforço, o fair-play e a seriedade apresentado pela equipe do Pitbulls Futebol Americano, o jogo se resumiu ao ataque do Sharks. Seria um prazer descrever cada um dos touchdowns, mas honestamente foram de perder a conta e só com auxílio do vídeo do jogo que foi possível listar os pontuadores do time.

Na primeira metade pontuaram:
  • Touchdown de passe do Fabio Lau #14 para Fred #84 - Ponto extra Maury #44
  • Touchdown de corrida do Romulo #40 - Ponto extra Merlone #3
  • Touchdown de passe do Fabio Lau #14 para Felippe #22 - Dois pontos extra Romulo #40
  • Touchdown de corrida do Heron #80 - Ponto extra Maury #44
  • Touchdown de passe do Fabio Lau #14 para Heron #80 - Ponto extra perdido
  • Touchdown de corrida do Heron #80 - Ponto extra perdido

Buscando aumentar as horas de jogo e confiando no seu quarter-back reserva o ataque do Sharks voltou para o segundo tempo liderado por Revisa #13. A troca pareceu não afetar o desempenho do ataque que não demorou a pontuar. Os jogadores se animaram,deixaram a humildade de lado e buscaram o recorde de touchdowns e placar em uma partida do Carioca Bowl.

Os touchdowns anotados na segunda metade foram:
  • Touchdown de passe do Revisa #13 para Heron #80 - Ponto extra Maury #44
  • Touchdown de corrida do Spritzer #45 - Ponto extra Maury #44
  • Touchdown de corrida do Romulo #40 - Dois pontos extra Romulo #40
  • Touchdown de corrida do Romulo #40 - Ponto extra Merlone #3
  • Touchdown de corrida do Romulo #40 - Ponto extra Merlone #3

A defesa do Sharks contribuiu muito para esse placar: impedindo primeiras descidas, conquistando sacks, forçando fumbles e interceptando as tentativas de passe do adversário em conjunto, funcionando como uma parede e fechando a porta para o ataque do Pitbulls.

Apesar da listagem acima poder apresentar alguns erros, o ataque teve aproveitamento de quase, senão, 100% e a defesa não permitiu que o adversário pontuasse. O comissário do jogo indicou 41 pontos na primeira metade do jogo e 36 pontos na segunda metade somando 77 a 0, placar em homenagem ao tubarão prestes a ser enjaulado (:D).

Destaque mais uma vez para os jogadores do Pitbulls que mesmo atrás no placar não desistiram e, salvo uma excessão, jogaram limpo o tempo inteiro. Mesmo que o placar não indique, o Pitbulls teve bons momentos (como um punt recuperado e alguns sacks) demonstrando o potencial do time que ainda está na sua primeira participação no Carioca Bowl.


Saudações,

--
Bernardo Quaresma


P.S. O banho gelado no fim do jogo está virando ritual, o contemplado da sétima rodada? Rafael Gastão Saliés, mais conhecido pelo seu número 13 e apelido Revisa, nosso segundo quarter-back.



* A força do grupo é usada como último critério de desempate antes de par ou impar no Carioca Bowl e consiste na soma de vitórias do time do Grupo. O grupo foi apelidado de grupo da morte e até o início da rodada eram 12 pontos, 6 do Piratas, 3 do Tigers e 3 do Sharks. Com os jogos do fim de semana a força do grupo passou para 14.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Pra dar moral

No sábado do último fim de semana o Sharks entrou em campo pela sexta rodada do Carioca Bowl 2007. O jogo foi contra o time do Gorilas, de volta ao campeonato carioca de futebol americano depois de se afastar no ano de 2006.

Depois de enfrentar em sequência o campeão do CBVII e o vice-campeão do CBVI e sem querer diminuir o adversário o jogo contra o Gorilas pareceu fácil. O Sharks venceu com placar elástico 33 a 7 com direito a touchdowns de todos os tipos, corrido, de passe, do time especial e da defesa.

Mesmo vindo de duas derrotas seguidas e com o histórico no campeonato desfavorável os jogadores do Sharks vieram motivados para partida, chegaram cedo e ajudaram na montagem.

O jogo começou com a defesa em campo que já estabeleceu o seu território, devolvendo a posse para o ataque sem ceder uma primeira descida. O ataque entrou em campo tentando se achar e encontrar falhas no esquema defensivo adversário. Não tardou a converter o seu primeiro touchdown em uma jogada de reverse com o wide receiver Heron #80.

O ataque do Gorilas conseguiu algum avanço com jogadas de corrida e alguns passes curtos, mas a defesa conseguiu evitar que o adversário pontuasse dando mais uma vez a posse para o ataque. Parecendo ter se acomodado com o touchdown cedo o ataque do Sharks não conseguiu a primeira descida e entrou em campo o time especial. O punt foi bem executado e fez o ataque adversário começar a menos de 10 jardas da endzone.

Em um momento de inspiração do seu corredor e de desatenção da defesa do Sharks o Gorilas conseguiu conquistar mais que 30 jardas por terra chegando praticamente a metade do campo. A jogada serviu para acordar os jogadores do Sharks e fazê-los começar a trabalhar.

Antes do fim da primeira metade do jogo Sharks pontuou novamente com uma jogada de corrida com o running-back Romulo #40 e com jogada de passe do quarter-back Fabio Lau #14 para o full-back Spritzer #45. Na jogada para o ponto extra do segundo touchdown o Sharks tentou surpreender o Gorilas sem sucesso.

O Gorilas ainda teve uma posse de bola antes do fim do segundo quarto, mas o drive foi parado com uma interceptação sensacional do (modesto) line backer Quaresma #39, fazendo o Gorilas ir para o intervalo sem pontuar e 20 pontos atrás no placar.

O intervalo do jogo foi marcado pela descontração entre o jogadores e algumas chamadas de atenção para acertar alguns detalhes.

O Sharks voltou para segunda metade do jogo buscando controlar o relógio e manter a posse de bola, exercitando jogadas do playbook e poupando alguns jogadores. Sem sucesso em um drive o Sharks se preparou para o punt. O retornador do adversário displicentemente deixou que a bola encostasse em si permitindo que fosse recuperada pelo veloz e atento wide receiver Heron #80 que levou sem dificuldade a bola para endzone do adversário, pontuando mais uma vez e ampliando a vantagem para 26 pois mais um ponto extra foi perdido.

Com essa vantagem o Sharks acabou aliviando e permitiu que o Gorilas ganhasse terreno e em dois lances difíceis de marcar, que com o devido televisionamento e revisão de jogadas (:D) seriam revertidos, conseguiu uma primeira descida, com troca de campo pelo fim do terceiro quarto entre as jogadas, marcou um touchdown. Com o ponto extra o Gorilas diminuiu a diferença para 19 pontos.

O ataque do Sharks voltou com seu quarter-back Revisa #13 e apesar de algumas boas jogadas acabou não conseguindo avançar mais que as faltas marcadas. Já próximo do fim do jogo o ataque do Gorilas voltou ao campo e quase que para equilibrar os lances duvidosos que mereceriam revisão com recursos visuais a defesa do Sharks conseguiu pontuar após um fumble forçado, espalmado pelo defensive-end Adriano #75 e recuperado na endzone pelo outro defensive-end Ingor #47. Vale o que foi marcado, touchdown da defesa, quebrando um jejum de talvez mais que dois anos...

O ataque do Gorilas voltou ao campo e em um momento de fair-play ajoelhou para acabar com a partida.

Apesar o placar dilatado e o reencontro com a vitória o destaque do jogo tem que ser o banho de água gelada no estilo banho de gatorade da NFL dado no jogador da barreira Batman #76 pelo também jogador de barreira Gadelha #99 e o tight-end Fred #84.

Parabéns a todos pela vitória, mas nada de afrouxar, ainda temos que conquistar mais 3 vitórias para nos classificar para fase eliminatória e (acho que esse jargão pode pegar) não tem mais bobo no Carioca Bowl.


Saudações,

--
Bernardo Quaresma